Esta é a “Nova Cagepa” que Zé tanto propagandeou? Matéria veiculada hoje no Jornal da Paraíba fala sobre resultados de pesquisa referente ao ano de 2009 que nos alerta sobre como o governo tem tratado a população. A maior parte das casas existentes no Estado (mais de 60%) não tem rede coletora de esgotos. Se funcionasse em sua maioria, estaria nos dizendo que a “Nova Cagepa” que ele alardeou aos quatro ventos estaria levando água encanada à maioria dos lares paraibanos e contribuiria para evitar doenças.
Essa é a Paraíba que você ainda quer?
Veja abaixo a matéria na íntegra.
O acesso das famílias paraibanas a bens de consumo duráveis, como por exemplo aparelhos de TV, DVD e geladeira aumentou entre os anos de 2008 e 2009. Mas, em contrapartida, o percentual de famílias que ainda não são atendidas pela rede de esgotamento sanitário aumentou de 59,1% para 60,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que traz indicadores referentes a 2009.
Segundo o IBGE, enquanto que em 2008, dos 1.086.000 domicílios, 444 mil eram atendidos pela rede coletora de esgoto, em 2009, das 1.079.000 residências paraibanas, 424 mil estavam sendo atendidas. Já com relação ao acesso a fossa séptica ligada à rede coletora, em 2009 apenas 1,2% dos domicílios possuíam este serviço. Em 2008, o percentual de famílias atendidas chegava a 2,5%.
Fonte de doenças e de disseminação de insetos, os esgotos a céu aberto que acabam passando por perto de casa são uma realidade para muitos paraibanos. A dona de casa Júlia Francisca da Conceição, 48 anos, é uma destas pessoas. Ela mora há 27 anos no bairro Ilha do Bispo, em João Pessoa, e convive diariamente com os problemas causados pela falta de esgotamento sanitário. “É uma fedentina muito grande. O mau cheiro é muito forte. Sem contar os ratos, muriçocas, moscas e mosquitos que aparecem por causa do esgoto”, relatou.
Conforme a clínica geral Márcia Porto, entre os principais problemas causados pela falta de esgotamento estão as verminoses e diarreias. “Este é um problema que está ligado à falta de saneamento e que pode acometer pessoas de qualquer faixa etária. Às vezes a doença pode causar até internação e as pessoas imunodeprimidas estão sujeitas a uma patologia mais grave”, destacou. “A própria dengue, tão comum nos dias de hoje, é uma doença que também está muito ligada à falta de saneamento básico”, completou.
O diretor de Expansão da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Alberto Gomes Batista, informou que somente no setor de esgotamento sanitário estão sendo investidos R$ 159,4 milhões e atualmente existem 37 obras em andamento. “Com a conclusão das obras de esgotamento sanitário que se encontram em andamento, a cobertura irá chegar em cerca de 65%”, garantiu acrescentando que a Cagepa também está buscando recursos na ordem de R$ 172,7 milhões para a execução de outras quatro obras. “O objetivo é alcançar a totalidade no atendimento à população paraibana com coleta e tratamento de esgotos”, frisou.
Apesar da diminuição no percentual de famílias atendidas pela rede de esgoto, a Paraíba ainda é um dos Estados com o maior percentual de domicílios atendidos, ocupando o 9º lugar nacional e o 4º lugar no Nordeste. Entretanto, está bem abaixo da média nacional, que é de 52,5%. Já o abastecimento de água chega a 79,2% dos domicílios, a coleta de lixo chega a 80,5%,a iluminação elétrica chega a 99,4% das residências e o telefone já está presente em 74,1% das casas.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou entrar em contato com a secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Giucélia Figueiredo, mas não obteve retorno.
BENS DURÁVEIS
Quando se fala em acesso a bens de consumo duráveis, aos poucos os índices vêm crescendo na Paraíba. Se em 2008, 15,7% das residências possuíam computador, em 2009 este índice passou para 19,3%. Além disto, o percentual de famílias que possuem automóvel passou de 19,7% em 2008 para 21,3% em 2009.
Quando se fala em acesso a bens de consumo duráveis, aos poucos os índices vêm crescendo na Paraíba. Se em 2008, 15,7% das residências possuíam computador, em 2009 este índice passou para 19,3%. Além disto, o percentual de famílias que possuem automóvel passou de 19,7% em 2008 para 21,3% em 2009.
Aumentou ainda o acesso a bens como geladeira, aparelho de televisão, DVD e máquina de lavar roupas. O fogão já está presente em 97,3% dos lares paraibanos, a geladeira está em 87,1% das casas, a máquina de lavar roupas está em 17,3%, a televisão está em 95,3% e o DVD está em 70,1% das residências na Paraíba.
INTERNET
O acesso à internet é uma realidade em 15% dos lares paraibanos. Em 2008, este percentual era 12,1%. Segundo o IBGE, houve crescimento também na quantidade de domicílios com computador, passando de 15,6% para 19,2% do total de lares da Paraíba. Apesar do crescimento, a Paraíba ainda está bem abaixo da média do Nordeste, que é de 30,2%.
POPULAÇÃO
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo IBGE revela ainda que a proporção de pessoas idosas no Estado caiu entre os anos de 2008 e 2009. Enquanto que em 2008, os maiores de 60 anos representavam 11,6% da população, em 2009 este percentual passou para 11,4%. Por outro lado, aumentou a participação das faixas etárias de zero a quatro anos e de 15 a 19 anos na população paraibana. Em 2008, as crianças de zero a quatro anos representavam 7,6% da população do Estado e em 2009 este índice passou para 7,8%. Já os adolescentes de 15 a 19 anos representavam 9,4% da população, em 2008, e em 2009 eram 9,8%.
Um outro dado divulgado pelo IBGE, foi a melhoria na taxa de escolarização da população acima de 15 anos. Em 2008, a taxa de escolarização das pessoas com mais de 25 anos era de 4,8% e passou para 5,3% em 2009. A taxa de escolarização para os adolescentes entre 15 e 17 anos passou de 79,7% em 2008 para 83,1% em 2009 e a mesma taxa na faixa etária de 18 a 24 anos passou de 31,1% em 2008 para 33,1% em 2009.
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