sábado, 11 de setembro de 2010

Na Paraíba, pesquisas sempre acabam em pizza

O dono do Sistema Correio, Roberto Cavalcanti, suplente de Maranhão no Senado, admite o que todo mundo já sabia. Numa denúncia feita no Senado por um senador do Amapá (isso mesmo: aquele Estado cujo candidato à reeleição ao governo foi preso com mais 17 pessoas acusado de integrar grupo que desviava recursos públicos), um encarregado do Ibope teria oferecido a manipulação do resultado das pesquisas ao coordenador de campanha de um dos candidatos ao governo do Amapá. A fraude custaria R$ 1 milhão e abrangeria todas as pesquisas até o segundo turno. A oferta foi gravada. Mas não acabou por aí.

Quando o nosso ilustre senador, Roberto Cavalcanti, foi falar admitiu que pesquisas são manipuladas e chegou a citar o Ibope (Oh, que surpresa!). Maranhão, obviamente, deve estar comendo pizza.

Veja abaixo matéria na íntegra:

Roberto Cavalcanti admite que pesquisas de intenção de votos são manipuladas; senador cita Ibope
Para ele, o problema está na terceirização porque não existe co-responsabilidade e as discrepâncias só aumentam.

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Matéria divulgada no Política PB
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), proprietário do Sistema Correio de Comunicação, surpreendeu ao concordar, no Senado da República, que as pesquisas eleitorais têm sido manipuladas. A afirmação foi feita em aparte ao discurso do colega Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que classificou como "criminoso" e "preocupante" o objeto da denúncia feita pelo também senador Papaléo Paes (PSDB-AP). Segundo ele, um encarregado do Ibope teria oferecido a manipulação do resultado das pesquisas ao coordenador de campanha de um dos candidatos ao governo do Amapá. A fraude custaria R$ 1 milhão e abrangeria todas as pesquisas até o segundo turno. A oferta foi gravada.

“O senador Papaléo Paes ligou para o Dr. Montenegro, que é o dono do Ibope. O Dr. Montenegro disse que era uma empresa terceirizada que eles contratavam em Belém para fazer a pesquisa no Amapá. Essas pesquisas agora começam a me deixar, digamos assim, completamente incrédulo. Ora, se isso acontece no Amapá, o que não estará acontecendo, por exemplo, em Roraima? “, questionou ele.

Mozarildo observou que em Roraima o Ibope também apresentou pesquisas "um pouco preocupantes". Ele lembrou que na campanha eleitoral de 2006, as pesquisas do Ibope sempre apresentavam sua adversária na frente. Somente às vésperas da eleição, ela apresentou uma leve vantagem sobre Mozarildo, que venceu a eleição com 13% de vantagem.

O senador disse que chegou à conclusão de que a pesquisa de Roraima é manipulada, pois, de repente, o atual governador, que sempre esteve atrás nas pesquisas, apareceu na penúltima pesquisa com empate numérico (41% a 41%) e na pesquisa mais recente, já aparece com 6 pontos à frente do adversário. Ele fez um apelo a Montenegro que dê explicações sobre o caso, porque as pesquisas têm uma influência muito grande sobre o eleitor indeciso.

Roberto Cavalcanti disse que na Paraíba não é diferente. Para ele, o problema está na terceirização porque não existe co-responsabilidade e as discrepâncias só aumentam. Ele defendeu o aprimoramento da veracidade dos institutos de pesquisa. O senador Augusto Botelho (sem partido-RR) lembrou que, durante a campanha eleitoral, os seus eleitores reclamaram que o seu nome não aparecia nos formulários dos pesquisadores do Ibope.

Vespeiro
Mozarildo também reiterou denúncias feitas sobre o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, em relação a estradas, dívidas e o uso irregular do avião do governo do estado. Segundo o senador, o governador estaria utilizando o avião para viagens particulares de lazer. Ele disse que, nos próximos dias, apresentará uma lista completa dos vôos realizados pelo governador, fornecida pela Infraero, e pedirá uma investigação.

- O nosso estado está se transformando nesse esquema em que uma quadrilha quer dominar tudo, a política, alguns setores de empresas e, ao mesmo tempo, ameaçar quem ouse se contrapuser a ele. Coincidentemente, ontem o meu escritório recebeu dois telefonemas de pessoas, que não se identificaram, dizendo que eu me cuidasse, porque eu estava mexendo em um vespeiro - assinalou.

O senador solicitou ao Senado que lhe fornecesse o serviço de segurança durante a campanha eleitoral em Roraima.

Fonte: Política PB
Com Agência Senado

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