Quem disso cuida, disso usa, já diz um ditado popular.
O governador Maranhão falou tanto em uso da máquina por parte do ex-governador Cássio Cunha Lima que parece que nunca se aproveitou da situação de comandante do Executivo para tirar uma casquinha da máquina, nem que seja com ações legais (embora amorais) de gastos excessivos com propaganda e inchaço da folha de pagamentos com graciosas funções gratificadas.
Pois bem. A denúncia veiculada na semana passada no Guia Eleitoral de Ricardo Coutinho, caso confirmada em investigação da promotoria eleitoral, mostra que essa “casquinha” pode ir além dos atos legais. Com câmera oculta, a equipe gravou imagens de servidores comissionados do governo do Estado fazendo campanha eleitoral para o governador em pleno horário de expediente. Eram visitas casa a casa, tentando convencer o eleitorado de Ricardo a votar em Maranhão.
Até agora, apenas uma das servidoras flagradas no delito pediu direito de resposta. Disse que estava de férias. O restante, não. E quem cala, consente.
Talvez o eleitor não tenha atentado para a gravidade da situação. Não se trata apenas de uma ilegalidade qualquer usar servidores comissionados para pedir votos durante o expediente. Trata-se de um crime eleitoral, passível de cassação, segundo os advogados entendidos do assunto.
A denúncia, que deverá ser devidamente apurada, pode apontar para o uso irregular da máquina do Estado. E se isso for confirmado, Maranhão deverá dar adeus à sua intenção de governar a Paraíba por mais quatro anos.
Com a palavra, a promotoria eleitoral.
Gisa Veiga/ Política PB
Com todo respeito, vou votar em Ricardo, mas pela Constituição não é correto afirmar que "quem cala, consente." porque temos o direito à presunção da inocência e à liberdade de expressão (permanecer calado).
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