Senhoras e senhores, cidadãos da Paraíba, o sistema correio de comunicação extrapolou o limite do insustentável. Este sistema, do qual faço parte e onde já vivi bons momentos como profissional, é de concessão pública, se apresenta como imparcial e se diz a serviço da informação e da comunidade, mas está, de forma descarada, desrespeitosa e estúpida, dando uma demonstração clara de que está vendido. Que vergonha para a sociedade paraibana, que vergonha para nós jornalistas, nossas famílias, nossos leitores, nossos telespectadores e clientes.
Que vergonha, Correio da Paraíba, para os verdadeiros profissionais que estão aqui dentro, se vendo obrigados a contribuir com um jogo sujo e irresponsável arquitetado pelos líderes desta casa de horrores e os seus capangas. Este jogo extrapolou o limite do insuportável há muito tempo, mas descambou, mais ainda, para além do ridículo, no programa apresentado por Marcelo José e Helder Moura, no final da manhã deste sábado, véspera de eleição, ao tratar a articulada pauta da ação da PF no comitê financeiro de Ricardo Coutinho (bons tempos aqueles em que podíamos falar a verdade sobre este rapaz). Quem está aqui dentro, mesmo sem participar diretamente, percebe como estas coisas vergonhosas são arquitetadas. Que vergonha Correio da Paraíba. Fica para a história o exemplo de como se joga na latrina o jornalismo.
Fica para a história o exemplo de como o direito público pode ser desrespeitado e manipulado por um grupo de falsos profissionais da comunicação que hoje estão com a conta bancária CHEIA DE DINHEIRO PÚBLICO e usam uma concessão pública para atender aos interesses das mais arcaicas práticas politiqueiras. Que vergonha Correio da Paraíba.
Nossa solidariedade e nossos pêsames, para com os verdadeiros profissionais de jornalismo; nosso repúdio para os irresponsáveis, cuja ética se mede em centavos e que colocam o jornalismo na vala da hipocrisia, da venalidade, da desonestidade.
Está marcado, para sempre, na testa de alguns facínoras travestidos de jornalistas, a alcunha “vendido”. Andem eles, a partir de agora, de cabeça baixa ou mostrem, de cabeça erguida, o quanto um patife pode fingir-se íntegro, o quanto um pulha, pode pousar de cidadão.
Poucas vezes o jornalismo, como profissão e como instrumento social, foi tão ferido e execrado. Entristece-nos mais ainda saber que tudo isso acontece agora, em pleno século 21. Quando esta empresa poderia seguir perfeitamente a sua missão de informar "com ética e paixão". São, acredito, os últimos reflexos da idade média.
Vcs acreditam mesmo que só, apenas vcs, correianos babacas, tem o poder de discernimento. Que não há inteligência além destas paredes e desta esquina da Pedro II? Ou o imbecil sou eu, por não ter vendido a alma, por conseguir enxergar além da minha conta bancária? a história não nos perdoará. Espero que a sociedade possa entender que não somos todos iguais; que há por aqui, também, seres humanos indignados
*Jornalista Envergonhado que não comete o disparate de se identificar, pois certamente seria perseguido, junto com família e amigos, por este bando de inescrupulosos. Sigo fazendo jornalismo. Podem observar que ainda há deste produto no Correio, apesar da sujeira que nos incomoda por estes corredores do Sistema Correio.
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