segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Maranhão admite descumprir lei que estabelece gastos com folha de pessoal e culpa PCCRs

Os candidatos falaram de cultura e Lei de Responsabilidade Fiscal.

No quarto bloco do debate na rádio 101 FM os candidatos a governador José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB) falaram de cultura e Lei de Responsabilidade Fiscal.

1ª pergunta – cultura

debate-101_20101025_154738O candidato Ricardo Coutinho perguntou qual a proposta de José Maranhão para a cultura já que este ano, segundo ele, “grupos de teatro e músicos que participaram do Fenart ainda não foram ser pagos e também não houve nenhum outro edital para beneficiar a cultura”.

O peemedebista afirmou que a cultura “é uma prioridade em seu governo”. Segundo Maranhão, “a cultura vinha num abandono total e agora o Cine Bangüê está operando normalmente. Recuperamos o planetário, a biblioteca e estamos investindo no manual Sivuca. Esse projeto ainda não iniciou porque depende de aprovação do Ministério da Cultura, mas em breve estaremos com ele”.

Ricardo Coutinho por sua vez disse que “só se muda uma realidade utilizando-se da cultura. Vou incentivar olhar para todas as regiões para dar condições de competitividade. Quero implantar o empreender cultural. Teremos uma linha de crédito para os artistas. Vamos também criar as embaixadas culturais. A porta de entrada do turismo da Paraíba tem que ser a cultura e, por isso, pretendo descentralizar o Fenart e fazer um circuito estadual de cultura”.

2ª pergunta - Responsabilidade fiscal

O candidato José Maranhão perguntou ao socialista como ele vê a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ricardo Coutinho respondeu afirmando que “deveria ser um comportamento ético dos governantes”. No entanto, segundo o socialista, “o senhor extrapolou todos os limites da receita corrente com servidores o senhor está cometendo crime de responsabilidade fiscal, ultrapassou isso desde janeiro e vai ter que fazer em dois meses algo para que esse limites cheguem a 49%”.

Maranhão admitiu que extrapolou a lei de responsabilidade fiscal, mas culpou os Planos de Cargo, Carreira e Remuneração. “O Estado extrapolou o limite da lei, isso é uma realidade, mas não é a gestão José Maranhão que pode responder por esse estouro. Na verdade foi conseqüência de 22 planos de cargos e salário. A medida que esses planos foram implantados foi onerando a despesa. Foi uma herança que nós recebemos”, rebateu.

O socialista informou que “o comprometimento do Estado é de quase 55% com pessoal. Na essência o senhor elevou em 2,5 milhões a folha com gratificações, passou de 9 para 20 mil o número de prestadores de serviços em um ano e agora está querendo colocar a culpa em Cássio que comprometia apenas 44%. Mas, eu gostaria que o senhor respondesse o que vai fazer para mudar isso: demitir os comissionados e prestadores de serviço?”, indagou Ricardo.

PolíticaPB

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