O artista plástico, Marcos Pinto, por pouco não teve a sua obra “Pássaros da Paz” quebrada na noite da última quarta-feira por pessoas que exibiam bandeiras e camisas vermelhas e que chegaram em veículos exibindo adesivos do candidato à reeleição, José Maranhão (PMDB).Os supostos manifestantes, liderados por Mário da Cruz, se armaram de paus e pedras para destruir a obra que está sendo instalada na Beira Rio, afirmando que ela representaria a “Pomba Gira”. A obra só não foi destruída e o artista agredido porque a polícia chegou ao local e impediu o ato de violência e vandalismo.
A obra de Marcos Pinto vem sendo apontada pelos panfletos apócrifos como uma das obras que o então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), teria instalado para consagrar a cidade ao Satanás.
O artista explicou que a obra é financiada por uma construtora e ele já trabalha há um ano para montar a “Pássaros da Paz”. “Fiz um trabalho da paz, aquilo são aves de arribação”, comentou, acrescentando que não acreditou que na sua terra aconteceria aquele tipo de coisa.
Marcos Pinto relatou que primeiro chegaram cerca de 30 motos e dois caminhões com muitas pessoas que foram descendo e destribuindo bebida alcoólica para as pessoas. Depois, segundo ele, chegou Mário da Cruz Com a cruz de ferro e com o megafone dizendo: “é uma obra do demônio, é uma obra do Satanás e temos de destruir”. Ele foi o entrevistado no programa Alex Filho com Você.
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