Lídia atribuiu a derrota a coordenação da campanha do peemedebista a quem chamou de “abstrata”.
A presidente estadual do PMN, Lídia Moura, aliada do candidato a governador José Maranhão, considerou a derrota do primeiro turno esmagadora e atribuiu isso a coordenação da campanha do peemedebista a quem chamou de “abstrata”. Em coluna, enviada ao PolíticaPB, Lídia também critica as pesquisas e pede que se faça um movimento exigindo a que “os caras que vendem essas coisas, e também os que compram”, sejam presos.
Cuidado, patota! O universo conspira Sobre a derrota
A derrota no primeiro turno foi acachapante. Não pelos números apenas, quase 10 mil votos de diferença, mas, sobretudo, porque a campanha estava impaciente, meio “termina logo para comemorarmos”. Esse foi o erro gritante, mas não foi só. Senão vejamos: Maranhão perdeu no primeiro turno com Ricardo batendo na trave para liquidar a fatura naquele instante. Foi um alvoroço. Dedos cruzados, rezas, pânico. E o segundo turno, quem diria, soou como um presente dos deuses. Isto foi acachapante. Pelo menos para mim.
Terrível também quando avaliamos o quadro. Governador, prefeitos, inclusive o de CG, oito dos doze deputados federais eleitos, 22 dos 36 estaduais, vereadores, lideranças, partidos em número que nem sei juntar. E nada. Apenas uma certeza. Tem de repensar tudo.
Esse quadro piora quando se olha para o outro lado. Um senador acossado por denúncias, outro lutando para ser candidato, confirmados apenas 04 federais. E os caras deram de cambão. 65% dos votos de Campina.
- Meu Deus! Fosse eu coordenando isso ficaria deprimida para o resto da vida. 60% em João Pessoa, com eu voto em quem Cícero quiZEr e tudo. É o fim! Sei não...
A tal coordenação geral era uma entidade abstrata. Ninguém via, sabia ou podia acessar. Não tinha forma, cheiro, som, não se sabia como funcionava e ficou sempre meio “como achar Wally”. Deu no que deu.
No dia da eleição todos tinham motivos diferentes para apoiar Maranhão. Respostas como: não gosto de Ricardo (a campeã), meu partido foi por este caminho, tenho participação no governo, sou do grupo que sempre apoiou Maranhão etc. Nenhuma defesa apaixonada, argumentada, raciocinada, daquelas para convencer, ninguém fez questão. Lideranças que iam do PMDB, PT ao menor dos partidos, todos tinham queixas.
O apoio de Lula, vimos agora, é nada. O povo sabe bem separar as coisas. Serra tem muito voto no Estado, ao contrário do que diziam as pesquisas criminosas, que, aliás, são uma vergonha. Temos de começar um movimento a fim de prender os caras que vendem essas coisas, e também os que compram. Uma vergonha! Tem de ser proibidas.
E Serra teve 43% em CG. Além disso, ficou o recado. Houve direcionamento de votos para Marina, excelente candidata, fácil de pedir votos. E a lição foi dada como troco para o PT.
Na campanha de Maranhão fingiram ter trocado a tal coordenação e os partidos, aliados e afins, fingiram que acreditaram. Mas, é a mesma turma. Passadas 30 horas após a derrota, não foi gasto um telefonema. Fiz uma enquete e, claro, testei uns telefonemas. Dos grandalhões à raia miúda, salvo raríssimas exceções, é a mesma falta de educação. Não atendem, não respondem mensagens, não retornam chamados. Tudo como dantes. E Ricardo na frente, com 10 mil votos, um senador com um milhão de votos. Segundo turno para presidente...
E aí há uma pequena vantagem para Maranhão. Ricardo rancoroso, vingativo, repetindo sua tola frase. “Este é página virada, aquele já vai tarde”. Parece assim: Não obedece cegamente, taca no lombo. Neste ponto pode Maranhão levar pequena vantagem. Se juntar a arrogância de Ricardo, com a soberba de alguns aliados, Maranhão pode levar vantagem. Foi por essa porta que Veneziano abriu um caminho em Campina Grande, a partir de 2004.
O fato é que a eleição está mais para quem arranjar simpatia, desprendimento, capacidade de aglutinar e proteger pequenos agentes desse processo. Quem tratar como importantes os detentores de grandes e pequenas somas de sufrágios, quem compreender os que não puderam ou não quiseram estar no palanque, quem aproveitar as ideias já lançadas e jogar, nessa política suja, uma pitadinha de amor. Esse será, provavelmente, o vencedor. Afinal, Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor (Goethe). Mas, a soberba, a má educação e a presunção podem ser a derrocada.
Até o momento está convocada apenas a patota de sempre. E é por isso, que muitos vão optar para ir para casa dormir.
Lídia Moura
Política PB
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