quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Maranhão tem seis helicópteros e cinco aviões para distribuir R$ 50 milhões e espalhar panfletos às vésperas das eleições, revelam fontes

Fontes do esquema governista informaram à reportagem do PBacontece que a operação acontecerá nas 24 horas que antecedem o pleito deste domingo (31/10). As 11 aeronaves levarão para o interior do Estado R$ 50 milhões - em dinheiro vivo e trocado - e milhares de panfletos difamatórios contra o candidato oposicionista Ricardo Coutinho (PSB). A ordem á ganhar a eleição a qualquer custo.

Maranhão tem seis helicópteros e cinco aviões para distribuir R$ 50 milhões e espalhar panfletos às vésperas das eleições, revelam fontes
Aviões como este vão levar dinheiro e panfletos para o interior
A reportagem do PB acontece teve acesso a fontes que revelam um “esquema pesado” de compra de votos que está sendo preparado pela coligação “Paraíba Unida”, encabeçada pelo governador José Maranhão (PMDB), candidato à reeleição, para as últimas 24 horas que antecedem o segundo turno das eleições, neste domingo (31/10).

Nada menos que seis helicópteros - semelhantes ao que foi apreendido pela Polícia Federal, no aeroporto de Patos, na noite desta quarta-feira (27/10) - e mais cinco aviões de pequeno porte já foram providenciados para levar ao interior do Estado uma quantia estimada em R$ 50 milhões (em dinheiro vivo e trocado), além de milhares de panfletos difamatórios contra Ricardo Coutinho (PSB), candidato da coligação “Uma Nova Paraíba”.

O dinheiro, segundo essas fontes, será distribuído a prefeitos e outras lideranças políticas, na noite desta sexta-feira (29/10), em locais ainda a serem definidos em João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras.

Nestas cidades, que polarizam as regiões geopolíticas do Estado, lideranças “de peso” – sob o comando do deputado federal reeleito Wellington Roberto (PR), coordenador geral da campanha “maranhista” – encaminharão a distribuição orientarão o destino do dinheiro e dos panfletos.

Os pilotos dos aviões e helicópteros estão sendo orientados para pousar em locais onde não possam ser interceptados por agentes da Polícia Federal. A distribuição do “material” tem que ser rápida e eficiente, de forma a que não haja perigo de apreensão das provas do crime eleitoral.

Wellington Roberto terá outro helicóptero à sua disposição
Segundo as fontes acessadas pelo PBacontece. Nenhuma aeronave poderá pousar nos aeroportos de Campina Grande, Patos, Sousa, Cajazeiras e Araruna, onde poderiam ser interceptadas pelos agentes da PF. A orientação é de que sejam utilizadas pistas de emergência, a exemplo de campos de pelada e pastos de gado.

A maior parte das aeronaves teria sido locada em Recife (PE) e Natal (RN), mas algumas delas são de propriedade de integrantes e empresários “colaboradores” da coligação “Paraíba Unida”. Pelo menos dois aviões pertencem ao deputado federal Wilson Santiago (PMDB), que este ano ficou na terceira colocação na disputa pelo Senado Federal.

Os coordenadores da campanha “maranhista” apostam na eficiência de operação, que é considerada crucial para “virar o jogo” nos acréscimos e ganhar a eleição deste domingo. O baixo contingente de pessoal de PF e a estrutura deficiente da corporação no Estado viabilizam o sucesso deste esquema criminoso de compra de votos.

A própria Polícia Federal admite a falta da estrutura para coibir a incidência de crimes eleitorais desta natureza, sobretudo porque a operação que está sendo montada é subdivida em municípios que polarizam as regiões do Estado.

Se já foi muito difícil rastrear e capturar o helicóptero que passou o dia de ontem distribuindo panfletos apócrifos por todo o Estado, imaginem o problema que vai ser enfrentar a ação de coordenada e cirurgicamente planejada de 11 aeronaves, entre aviões de pequeno porte e helicópteros.

A coligação "Uma Nova Paraíba" já está informada da operação e está tomando providências junto à Polícia Federal e o Ministério Público. "A Polícia Federal precisa, urgentemente, encontrar um meio de tentar abortar a operação em curso. Caso contrário, o pleito deste ano na Paraíba será o mais corrompido de toda a história política do Estado", adverte um dos coordenadores da campanha oposicionista..

PB Acontece

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